segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Para não esquecermos Maria José Limeira


Por Jomard Muniz de Britto
(amadorsetentonto)


Muito difícil encontrar hoje e sempre
um(a) escritor(a) que se proponha
(sem ensimesmamento ou egolombrismo)                
o desafio da precisão,
palavra sufocada por autodisciplina,
ritmo cortante na exatidão contextual.
Maria José Limeira questiona e concretiza
uma forma de escriDURA:
escrita-dureza com o verbo no indicativo.
Sem modismo relembremos "ladurée" 
de Henri Bergson até Gilles Deleuze.
EscriDURA: contra a escrita automática
de sonhos, associações, liberações e
sem a escritura que se deseja TATUÍ em
perplexametacriticidade.
Sem limites. Sem argumentações.
Nem a "beleza exorbitante" narrada por
Jean Gallard sobre a tragédia
em fotos de Sebastião Salgado.
Porém o belo conflagrado por João Lobo
entre sertões e cidadelas.
Da imagem-palavração de conTENSÕES
sem louvar requintes aristocráticos em
finuras e fissuras da sublimação.
EscriDURA do real transfigurador através
da desmistificação de fantasmas edipianos:
aquém e além ou ainda bem dentro
de literaturANALÍTICAS.
Bem ou mal remuneradas por incentivos
globalmente bancários em patrocínios.
Devorando fragmento de Eduardo Carvalho,
exemplo de criticidade helenística...
"Por não mais viver emulando favores
hostis. Aceita de bom grado o imprevisível,
mas não espreita o inesperado".
Maria José Limeira - OLHO NO VIDRO-
capa e ilustrações de Raul Córdula.
Que nos venham as MEMÓRIAS confiadas
ao poeta e ensaísta Antonio Mariano.
Sem medo do esquecimento de compiladores
do século por vir.
Recife, outubro de 2012.




Contato com Jomard: atentadospoeticos@yahoo.com.br



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